De tudo,
Lembro-me de bem pouco...
Só dos boizinhos
Pastando nos quintais da imaginação...
As goiabas verdes eram as vaquinhas,
As pedrinhas reluzentes;
Os bezerrinhos,
O fundo do terreiro,
Um latifúndio bem maior
Que o mundo inteiro...
Eu ali,
Colhendo mudo
A paz que até hoje me devora,
Que me consola,
A ponta da história
Que se faz sem fim
Dentro de mim.
Nas páginas da memória,
A glória;
O meninozinho que aprendeu
Que ao riscar dois círculos
Irmanando um oito no chão,
Tem o infinito.
Um comentário:
Que legal esse poema repleto de elementos da infância. Fiquei encantada. A foto escolhida lembra um personagem do livro Cazuza, de Viriato Correa (ele gostava de ficar próximo às paredes, para comer terra).Simone de Andrade Neves
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