quarta-feira, janeiro 02, 2008

Laço o infinito

De tudo,

Lembro-me de bem pouco...

Só dos boizinhos

Pastando nos quintais da imaginação...

As goiabas verdes eram as vaquinhas,

As pedrinhas reluzentes;

Os bezerrinhos,

O fundo do terreiro,

Um latifúndio bem maior

Que o mundo inteiro...

Eu ali,

Colhendo mudo

A paz que até hoje me devora,

Que me consola,

A ponta da história

Que se faz sem fim

Dentro de mim.

Nas páginas da memória,

A glória;

O meninozinho que aprendeu

Que ao riscar dois círculos

Irmanando um oito no chão,

Tem o infinito.