quarta-feira, dezembro 16, 2009
O que nasceu à manjedoura
Na igrejinha que não está mais lá, mas cá, em nós, seu templo, o presépio a gente fazia. Fim de ano, aquela romaria. Cada um, sua oferenda trazia. Um Menino Jesus de madeira, uma casinha de barro com musguinho, uma pena de passarinho... O espírito natalino florescendo, renascendo em nós, nos enfeitando. Tarde finda, as plantinhas aguava e o presépio crescia dentro da gente... o Menino Jesus nascendo à manjedoura, velado pelo boizinho da cara preta, o cabritinho pulando a cerca e por Maria, mãe de todos.
Minha infância foi assim: comunhão da fé na celebração da alma.
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