terça-feira, abril 06, 2010
Amigo espantalho
O ano começou de horta nova. Couve, cebola, alface, todos germinados. Alguém pensou em espantalho: palavra mágica!.. saímos nós pelo terreiro.
Do galho da castanheira fizemos o corpo, braço e pescoço. No coco, a sobrancelha pintada.
Vô, da cozinha, observava. Nós ali o dia inteiro, festeiro. Nascia o espantalho.
Vô se aproximou com um chapéu furado e um paletó apertado. O espantalho feliz que só.
Ficou tão lindo que o sabiá em seu braço o canto ensaiava.
Depois de dias idos, descobrimos pela fresta do chapéu um ninho de pombinha com dois ovinhos... felicidade danada.
A vida é assim: quando tem sentimento, até o que assusta aproxima.
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3 comentários:
Madura constatação em simplicidade infantil!
Que beleza!O que escreves também aproxima...
Luz
Ana Coeli
Oi, vi seu rostinho em meio aos meus amigos e vim te visitar. Adorei seu blog..será sempre bem vindo no meu..
O texto é lindo e o final surpreendente...amei..
abraços
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